quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Confissão de quem rabisca algum papel


Eu simplesmente precisava voltar a escrever.
Às vezes tenho a impressão de que a vida se torna menos dura quando contamos nossas intimidades ao papel, quando escolhemos boas palavras e fazemos delas um ingrediente indispensável ao bem viver.
Os meus rabiscos renovam a minha existência, os meus sonhos, os meus sentimentos. Lembro-me de quão agradável eu me tornara há três, quatro ou mais anos, só porque fazia da escrita um hábito.
Escreva! Esta é, sem dúvidas, a melhor terapia que já nos ensinaram!

(Nilmara Carvalho em 15 de janeiro de 2015)

Tantas vezes você disse que me amava tanto...



Desânimo



A manhã denunciou-me como um ser abandonado, desprezível, frustrado.
Com incontáveis incertezas e um olhar em fuga, levantei-me e, inconformada, despedi-me do leito, meu único porto seguro.
Nenhuma luz se mostrou neste dia externamente ensolarado, apenas o pessimismo de poetas em suas inquietudes sombrias; apenas os pedaços dos sonhos cinzas, filhos de uma noite mal dormida e sem lua.


(Nilmara Carvalho, em 15 de janeiro de 2015)

Linha tênue


"Porque entre o sim e o não é só um sopro, entre o bom e o mau apenas um pensamento, entre a vida e a morte só um leve sacudir de panos — e a poeira do tempo, com todo o tempo que eu perdi, tudo recobre, tudo apaga, tudo torna simples e tão indiferente."

(Lya Luft)