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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Trago o peito entulhado de sentimentos...


Os meus pés estão descalços, minhas mãos estão vazias. Trago o peito entulhado de sentimentos sem adjetivos possíveis. Um coração desestabilizado, terrível. A tarde rasga a pele do tempo e o sol desaba sua claridade em meus olhos. Choro. Meus cabelos estão desgrenhados, meus lábios ressecados pela avidez daquele beijo. Flutuo atravessando muros abstratos, fotografias abandonadas por seus porta-retratos e cadernos sem caligrafias. Transito em transe por ruas desabitadas, por pontes que não promovem encontros. Sou amada por algumas pessoas insípidas que precisam me enfiar em alguma gaveta vazia. Os abrigos me abismam. Hoje estou dura, crua, fria. Hoje estou maldosamente agressiva. Impulsionada a causar feridas, mas não conseguindo exercer com destreza o lado mau que há em mim. Magoei de maneira estabanada, não ganhei absolutamente nada, me dói tudo por dentro, me arrependo, e levo meses para me perdoar pela ferida que abri e que deixei ardendo. Meu lirismo fugiu de mim, larguei ao relento. E eu me sinto deslocada, pois me desabituei a ser assim, a estar assim. Mas quero desaçucarar minha imagem, borrar o rímel da paisagem, derrubar minhas lágrimas presas, tirar a maquiagem das certezas.
E isto é só o começo... ou o fim.
 
("Sem afeto", de Marla de Queiroz)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sou docemente acordada...

O beijo do sol no meu rosto, a língua do sol na minha nuca, a penetrância do seu calor envolvendo meu corpo, pele, pescoço. Alguma coisa me inquieta nas noites roubando meu sono. Eu sonho acordada e planto sementes no dia que raia. Sei que alguma poesia brota do suor da labuta diária e recebo de braços abertos meu cotidiano incerto. Gosto de estar ocupada com meus pensamentos, sinto que as coisas, as cores, pessoas invadem a minha memória momento a momento. E peneiro em cada experiência o aprendizado do agora. É dia de novo, parágrafo ou capítulo reescritos nas minhas frases manuscritas: imprimo na minha letra a força e a delicadeza da felicidade que me adora.

Marla de Queiroz

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Se posso...





E, se posso me adornar com a alegria, não é a tristeza que eu vou tecer...

(Marla de Queiroz)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pensar, agradecer e AGIR


[...] Admitir que não temos as coisas sob controle é doloroso e quase inaceitável. Usamos a manipulação para tudo. E este movimento é sempre muito sutil, às vezes, até inconsciente. Mas é preciso estar preparado. A vida não nos avisa com antecedência se os próximos instantes serão de alegria ou sofrimento, mesmo quando achamos que estamos fazendo tudo certo.Mas quando há a entrega, quando há uma certa evolução espiritual, uma confiança de que tudo é instrumento para o nosso melhoramento, as adversidades não se tornam menos desconfortáveis, mas a consciência de que esta também é passageira, nos faz focar numa solução, não chafurdar no problema...

Quando tive que colocar ação nas minhas palavras, descobri que a nossa crença deve ser renovada diariamente e que não vivemos apenas do acaso. Mesmo que você tenha encontrado seu grande amor na esquina de uma rua qualquer, foi preciso que você andasse até lá, mesmo que você tenha conseguido o emprego que almejou, foi preciso que alguém te indicasse ou que estudasse o suficiente para tê-lo. Mesmo que você tenha perdido um ente muito querido e não consiga ver possibilidade de restauração desta perda, existem outras pessoas nascendo no mundo e que vão cumprir sua missão nesta existência dentro do tempo concedido a cada um. [...]


(Marla de Queiroz)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Adios

 
 
Ninguém pode restituir um amor que já foi embora -  seria como tentar levar um punhado de água do...mar para outra cidade na concha das mãos.
 
(Marla de Queiroz)
 
 
** É mesmo assim...

sábado, 22 de outubro de 2011

Volte amanhã


"Então eu prefiro que você volte amanhã. É que eu preciso sentir saudade antes de me apaixonar..."

(Marla de Queiroz)


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O amor está dentro



Ninguém perde um amor, o amor está dentro, a gente só muda o foco.

(Marla Queiroz)