Quero mãos que afaguem meu colo fervoroso de mulher,
Que sinta a textura de minhas ancas
E bocas que afoguem nos meus desejos.
Na madrugada fria é que nascem
minhas loucuras e devaneios mais calientes.
Relação paradoxal.
O olhar que pateticamente me nota
É a vista já cansada que não me provoca...
Eu quero mesmo é a mão fogosa afagando meu fervor
E eu falando trocadilhos pecaminosos
numa noite de intenso amor.
Eu quero um corpo forte,
Uma epiderme à flor.
Que venha a mão, a flor, o calor, o corpo...
E que tudo se exploda em mim...
Na inquietação e na espera.
(Da linda, Caty Souza)