Se não me falha
a memória, se não me engana a lenta passagem dos dias, ou o rápido adeus das
horas,
Não estou hoje
situada à sombra dos quinze dias do sexto mês [deste ano.
Mas isso pouco
importa.
Se a caneta hoje
não me pesa, tanto quanto na devida data, certamente leves serão os desejos que
tenho para ofertar.
Andei observando
as peculiaridades de uma Flor-de-lis...
Notei que ela
necessita de consideráveis quantias de amor para regar-lhe o existir.
Também, que se trata
de uma das poucas flores - no mundo- capaz de se adequar aos mais diversos e
desfavoráveis ambientes.
É uma flor que
aprendeu a derramar necessárias gotas de orvalho - dessas que saem da tristeza
dos olhos - para impedir que a aridez de determinados terrenos lhe roubem a
beleza da vida.
Que escolheu não se distanciar muito de suas raízes,
para não correr o risco de ser arrancada pelo primeiro vendaval ou tempestade que lhe beijasse a face...
Contudo, o que
de mais relevante descobri sobre esta flor, é que ela se torna cada vez mais bela
e preciosa à medida que envelhece, como ocorre com os carvalhos.
Catiti é a
Flor-de-lis que plantei em meu jardim e que decidi cuidar...
Trata-se de uma
flor que não se intimida a nos embriagar com seu perfume;
É flor que chora
junto e faz de suas lágrimas, além de seu meio de redenção, o remédio para me
ajudar a superar a aridez de meus terrenos.
Perdoe-me, caso tenha
me atrasado com as felicitações, mas penso que carinho de flor não segue
qualquer cronologia.
O nosso, por
exemplo, é renovado diariamente...
E os votos de
longos e bons anos que lhe ofereço, são eternos.
Parabéns,
Catiti...
Que sua média de
vida e encanto seja semelhante à do carvalho, mas que você permaneça com a cara
de 14!