Tudo bem! Eu de fato precisei agarrar essa caneta... Precisei
me render.
Sucumbi-me ao desabafo tímido de quem confia na
receptividade do papel.
Não entendo bem a obscura e melancólica sensação que, vez
ou outra, exerce sobre mim o mais estranho domínio.
É silêncio, é revolta, é um sufocante e doloroso regresso. É
qualquer incompletude. Bem difusa...
Diante de meus olhos estão postas todas as possibilidades de se chegar aos mais diversos horizontes, mas o meu ser se aflige porque não encontra a trilha para
VOLTAR. Não me é dada mais a chance de corrigir, nem tampouco de compreender o mundo que deixei repousado n’outra estação.
O sentimento que prevalece é impar e confuso.
Visto-me de uma histeria sufocante e silenciosa. Minha voz
parece inaudível, extremamente frágil para gritar o fervor de minha existência.
Desejo calmaria, mas quero clamar alguma angústia; Estremeço
na tentativa de invocar (convocar) qualquer esperança.
Sinto que meu corpo precisa se exaurir freneticamente para
re-nascer.
Anseio eclodir brusca e explosivamente, sem deixar qualquer partícula sórdida imune ao meu compadecimento.
E, conseguindo fazer todas essas coisas, eu finalizaria o
rito, suplicando, aos ares, a oportunidade de rasgar o véu e perder
o tom; quebrar as vidraças de meu contentamento e, sem temor,
mostrar a qualquer transeunte, minha real identidade...
Que revolta é essa, minha amiga?
ResponderExcluirAo que parece, a vida, conforme sua descrição, é um trem parado na estação...Pare de fazer esses textos desesperadores, isso não combina com você!!
Catiti
Rsrs, foi uma sugestão curiosa e engraçada. Não se preocupe, o que escrevi não tem qualquer dedinho de "revolta", nem tampouco se trata de uma constante em mim: "a vida é um trem parado na estação". Não é. Ela pode parecer em algumas situações... "Pare de fazer esses textos", sobre isso, eu tenho mesmo que pensar, antes de dar qualquer resposta!
ExcluirObrigada pela visita, bela flor.