quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Coração apaixonado é bobo..."


Quando apaixonados, não vamos fundo aos fatos. E nos contentamos com impressões. Não há interrogatório sério, desistimos de avançar no primeiro silêncio. Não desejamos o desconforto. Perguntar uma desconfiança é constrangimento. Deixamos que o outro fale para não parecermos invasivos. Existe um período de licença, um estágio probatório, onde nenhuma dúvida segue sua curiosidade. Diria até que é coma alcóolico. Uma embriaguez de dopamina, oxitocina, adrenalina e vasopressina.
Ele aproveita a impunidade afetiva, para não arcar com cobranças. Abusa de sua compreensão, você acredita em qualquer coisa que ele diz porque não quer acreditar em outra coisa. É uma cumplicidade fanática, sem discernimento e pontos de apoio. Não tem margem para capturar contrapontos e atos falhos. (...)
O que preciso avisar é que qualquer relacionamento é uma decisão. Ou ele já tomou ou não tomou partido, entende? Começar é optar. Não é algo que vem com tempo. (...)
Não é um conto de fadas: todo conto de fadas tem um início triste e um final feliz. Quando o início é muito feliz, cuidado com o final triste. (...)

(Do belo, Carpinejar)

Um comentário:

  1. Olá! Também gostei do seu blog. Bom visual e interessantes passagens.

    Obrigado pela visita! ;)

    ResponderExcluir