sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O sofrimento do outro é sempre menor!



“Acho que a maioria de nós tem isso, esse hábito potencialmente destrutivo de manter registros mentais que se acumulam, se distorcem, depois se quebram e se espalham até os confins mais distantes da razão e da consciência. O que fazemos é acumular a dor, coleciona-la como peças de vidro vermelho. Nós a exibimos, a empilhamos. Até que ela se torna uma montanha na qual podemos subir, esperando e exigindo emparia e salvação. ‘Ei, está vendo isto aqui? Está vendo como é grande a minha dor?’ Nós olhamos para as pilhas dos outros, as medimos e gritamos: ‘Minha dor é maior que a sua’”.

(Marlena de Blasi, em: Mil dias em Veneza).

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