terça-feira, 6 de setembro de 2011

“Attraversiamo”


Ler um bom livro, um bom poema, ou até mesmo um pequeno texto, sempre foi um jeito muito interessante de compreender o amor, nossos relacionamentos, e, enfim, a vida.
Se optarmos por amar muito, em igual proporção, ou em proporção superior, sofreremos! Porém, nem sempre entendemos por que o sofrimento ocorre. Aí, a medida mais imediata, porque impensada, é temer o amor, deixar de amar.
Li outro dia, que para existir, o amor sempre precisou dar as mãos para o sofrimento. E acabei por adotar essa premissa!
Estamos acostumados com a ideia de que “devemos” ser amados e viver “felizes”. Porém, esse pensamento é, sem sombra de dúvidas, muito egoísta.
Jamais podemos esquecer que o “amar”, verdadeiramente, envolve doação e renúncia. Quem ama se preocupa com o ser amado e é feliz por fazê-lo bem, e não por se sentir bem a todo tempo.
Quem ama não aprisiona. Ao contrário, cuida das asas feridas do outro, para que elas possam novamente alçar voo.
Por mais que pareça difícil conceber, o amor estará sempre envolto por pesados cobertores de sofrimento. O sofrimento por vezes dói, por vezes nos cala e, se não cuidamos, nos distancia de quem precisa de nós.
Mas as dores, as preocupações e as perdas só enobrece o sentir daquele que, sem medo, ama!
Por isso, recebamos essa ponte estreita que é o sofrimento! Que amemos sem medida, com coragem! Soframos por isso, e em seguida, “attraversiamo”, para o lado mais nobre.

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