quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mulheres III


Há quem diga que somente é capaz de ensinar aquele que soma as tantas idades, com suas tantas experiências; aquele que, por ter aprendido com as idas e vindas das estações, sabe o enredo da vida e se delicia em cantá-lo aos ventos que por ele se encantam.
Não penso dessa forma! E nem poderia...
Importo-me, profundamente, pelo aprendizado. Por tal motivo, tento transformar o mero interesse em realidade concreta dos meus dias! Apender, a partir de cada detalhe, de cada encontro, é um dos meus mais sinceros ideais.
Há mulheres, dessas com pouquíssima idade, que têm me ensinado desmedidamente.
Há uma menina, mulher, que é fonte viva de coragem, desejos e sutilezas. Por essa mulher, quase menina, eu grito Iza!
Iza habita um corpo frágil, feito, perigosamente, de chama e mistério. É alguém que, surpreendentemente, nos mostra que dela nada sabemos.
Seus olhos ativos e discretos apenas desviam nossa observação e nos induz a crer que ali existe um alguém previsível. Ela não é alguém previsível. Jamais será!
Sorvi dela, ainda que involuntariamente, a mulher de coragem, que preserva os mais instigantes mistérios e vive a partir de um jeito novo, intenso e suave.
Essa garota ousada, sensível, gigante, faz parte dos meus dias. Às vezes vai, às vezes volta, mas sempre, em mim, permanece.


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