terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lapidar





Tenho notado que pouco de nós é absolutamente nosso. Ou não sabemos o que de fato é! E talvez reconheçamos que nada somos, que pouco temos, ou que, por tudo, não somos!
Quando muito, gota a gota, nos fazemos! 
Gradativamente, constantemente.
Se admitimos que somos gente, assumimos também nosso dinamismo. E, consequentemente, que somos capazes de transformar nossa realidade para então, ou talvez, evoluir.
Os gostos, os desejos, as necessidades... Tudo quanto há em nós é passível de mudanças. 
E é justamente assim que deve ser. 
O tempo, quando bem acolhido, lapida, nos convida a ser melhores.
Talvez um jeito de conceber essa premissa seja observando o crescimento de uma criança.  Em seus dias, tudo muda, tudo é aprendizado. Somos crianças ainda. Umas de pouca idade, outras no topo da maturidade, mas todas desejando ser melhores.
Sou menina também! Por isso, creio que poderei ser melhor. Creio que aprenderei mais.
Se cremos nisso, ainda que longo seja o processo; ainda que doloroso: nos deixemos ser moldados! Constantemente, em cada detalhe.
Se preciso, acolhamos a dor da lapidação. Somente para nos tornar preciosos, somente para nos fazer brilhar!

2 comentários:

  1. Mara, querida e sensível chará, teu texto oferece uma reflexão doce, mas intensa!
    Quem escolhe ir fundo na auto-observação e, quando necessário, na mudança de comportamento, torna-se melhor a cada dia. O detalhe, o pequeno gesto, a sutileza da mudança pode ser muito significativa.
    Gostei desse espaço de ideias e reflexões!
    Bjo

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, minha querida chará! Seu comentário me me fez sentir, sobremaneira, lisonjada!
    Agradeço pelas belíssimas observações. Esteja certa de que as guardarei como forma de motivação.
    Fique à vontade nesse meu pequeno quintal. Aqui você sempre será muito bem vinda, aqui você poderá dizer o que seu coração desejar...

    ResponderExcluir