quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Códigos da viagem

- FAINOR -



Viajar é sempre algo muito interessante.
Já amava isto, antes mesmo de conhecer própria saída de minha cidade.
Porém, há um detalhe mais interessante do que a viagem em si: conhecer (e bem) o destino almejado!
Sem mais delongas, o caso foi o seguinte: meu irmão, Júnior, empolgadíssimo com um evento na terceira maior cidade da linda Bahia, onde ele, (nem tampouco eu) jamais pisou até então, resolve convidar uma galera, composta por dois guris e essa nobre moçoila aqui, para acompanha-lo.
Eu, como verdadeira Maria-asfalto, e, bem assim os rapazotes, aceitamos, imediatamente, o famigerado convite!
Fomos nós, lindos, felizes, e, claro, confiantes nas orientações de Ricardo, o guri que se considera o maior veterano em visitas à bendita cidade.
Estrada vai, cidades vão, e, de repente, já nos vemos diante da entrada da dita e eis que surge nossa primeira surpresa:
Ricardo diz: “Pera ai, entra é aqui, ou na outra estradinha pra chegar na avenida tal!? Calma, gente, é que eu me confundo com essas bifurcações, não tem jeito!”
Tudo bem, pela bifurcação, ele está perdoado. Normal, eu também sou péssima nisso, o importante mesmo é que o moço conhece Vitória da Conquista como a palma de sua mão!
“Relaxa, gente”, sugeri. Nós encontraremos qualquer ponto, dali em diante, num piscar de olhos, Ricardo conhece o lugar!
Eu, meio descrente de minha própria suposição, acabei por confirmar, pouquíssimos instantes depois, que Ricardo estava mais perdido do que minha sobrinha de dois anos, quando solitária, em meio a uma multidão!
Nosso maior objetivo, num determinado momento, era encontrar a FAINOR, uma faculdade muito conhecida, fácil de ser localizada por qualquer VETERANO!
Não houve problema algum então, certo?
ERRADO! Tivemos que contornar praticamente a cidade inteira para encontrar o tal ponto, o qual nem era, destaque-se, nosso maior alvo, mas um norte para tal.
Como se não bastassem a chuva, o frio, as dimensões da cidade e a sinalização mais pra menos do que pra mais, nos deparamos com simpáticos informantes: os conquistenses de plantão! Esses mesmos, que têm versões absurdamente distintas para orientar qualquer visitante.
A média é mais ou menos essa: a cada três perguntados, um diz que a FAINOR fica para a direita, outro diz que é preciso rumar à esquerda e o outro, enfim, convicto, afirma que, para estarmos diante da bendita faculdade, o certo é seguir em linha reta!
Enfim, optamos por seguir a intuição de Júnior, e também de alguns informantes. (Eles não afirmam, eles supõem a direção).
E nessa de obedecer às intuições, gastamos horas no trânsito, à tarde, procurando a FAINOR, e do mesmo modo à noite, na hora exata do evento, quando, depois de encontra-la (em tese) nos perdemos mais uma vez, como quem nunca havia passado pelo local antes.
Não sei por que, mas, quando ouço ou vejo algum anúncio relativo à “FAINOR”, sinto uma vontade de cair em gargalhadas, ou, se não isso, chorar rios de tristeza!
Ah, FAINOR que me divertiu!

Nenhum comentário:

Postar um comentário